O bailarino e coreógrafo francês Roland Petit, criador de mais de uma centena de bailados, morreu hoje, em Genebra, na Suíça, aos 87 anos, informou a Ópera de Paris.
Em comunicado, a Ópera francesa, onde Roland Petit entrou aos 10 anos, afirma que com a sua morte desaparece "um dos, sem dúvida, mais importantes artistas de dança do século XX". Petit ofereceu à Ópera de Paris "onze criações e dez peças de reportório", adianta o comunicado.
Na sua longa carreira, passou pelas companhias de bailado de Paris e Marselha (1972-1998), foi até Hollywood, onde colaborou com as grandes companhias de dança clássica, e colaborou com as célebres Scala de Milão (Itália) e Ópera de Berlim (Alemanha) e com artistas como Pablo Picasso, Georges Simenon, Orson Welles, Rudolf Nureiev, Margot Fontayne e Mijail Bryshnikov.
As suas coreografias apresentam uma conceção teatral do bailado e transformaram-se em clássicos, entrando no reportório mundial. "Carmen" (1949), que fez para a mulher, Zizi Jeanmarie, marcou o início da sua notoriedade.
Nomeado em 1970 diretor de dança da Ópera de Paris, renunciou rapidamente ao cargo, montando depois grandes espetáculos no Casino de Paris.
Com o Ballet de Marselha, Roland Petit criou obras magistrais ("Pink-Floyd ballet", "Le Chat botté", "La Dame de pique", "Ma Pavlova", "Le Guépard", "Le Lac des cygnes et des maléfices").
No outono passado, regressou à Ópera de Paris com três dos seus mais célebres bailados: "Le Rendez-vous", "Le Loup" e "Le Jeune homme et la mort".