Eram 11h36 ontem em Lisboa quando o Instituto de Meteorologia (IM) em Portugal e os seus congéneres responsáveis pela vigilância sísmica noutros 30 países receberam, com sucesso, uma mensagem de alerta de um hipotético tsunami, enviada pelo Observatório e Instituto de Investigação de Sismos de Kandilli, em Istambul, Turquia.
Tratou-se de um teste às comunicações do futuro sistema de alerta precoce de tsunamis no Atlântico Nordeste, Mediterrâneo e outros mares na região, que a Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da UNESCO está a criar desde 2005, o ano a seguir ao tsunami que atingiu o Sudoeste asiático e provocou a morte a mais de 200 mil pessoas.
"Os resultados preliminares indicam que as mensagens foram recebidas poucos minutos depois do envio", refere um comunicado da COI. "O exercício correu sobre rodas. Irá fazer-se uma avaliação completa nas próximas semanas", informou o geofísico Ocal Necmioglu, coordenador principal deste teste.
No caso de um sismo com epicentro no mar, com potencialidade para gerar uma onda gigante, é crucial que o alerta seja dado em poucos minutos e que centros responsáveis pelos avisos nos vários países reajam depressa. Foi o que se procurou avaliar no teste.
"Na última década, os sismos e tsunamis mostraram-nos o seu terrível poder destrutivo", realçou a directora-geral da UNESCO, Irina Bokova, citada no comunicado. "Este teste foi um passo significativo para a melhoria da segurança de dezenas de milhares de pessoas no Atlântico Nordeste e Mediterrâneo, indo ao encontro da ambição da UNESCO em estabelecer sistemas de alerta precoce a nível global."
Portugal já se confrontou com o poder destrutivo destes fenómenos, em 1755: um sismo de 8,7 graus de magnitude, seguido de um tsunami, matou dez mil pessoas em Lisboa.
Apenas a Turquia e a França estão prontas para avançar, em 2012, com alertas de um tsunami à população. Em Portugal, o sistema de alerta debate-se com a falta de uma decisão política, segundo têm lamentado os coordenadores do projecto no país, Maria Ana Baptista, do Instituto Dom Luiz da Universidade de Lisboa, e Fernando Carrilho, do IM.
http://www.publico.pt/Sociedade/teste-a-sistema-de-alerta-de-tsunamis-correu-bem_1507167"Os resultados preliminares indicam que as mensagens foram recebidas poucos minutos depois do envio", refere um comunicado da COI. "O exercício correu sobre rodas. Irá fazer-se uma avaliação completa nas próximas semanas", informou o geofísico Ocal Necmioglu, coordenador principal deste teste.
No caso de um sismo com epicentro no mar, com potencialidade para gerar uma onda gigante, é crucial que o alerta seja dado em poucos minutos e que centros responsáveis pelos avisos nos vários países reajam depressa. Foi o que se procurou avaliar no teste.
"Na última década, os sismos e tsunamis mostraram-nos o seu terrível poder destrutivo", realçou a directora-geral da UNESCO, Irina Bokova, citada no comunicado. "Este teste foi um passo significativo para a melhoria da segurança de dezenas de milhares de pessoas no Atlântico Nordeste e Mediterrâneo, indo ao encontro da ambição da UNESCO em estabelecer sistemas de alerta precoce a nível global."
Portugal já se confrontou com o poder destrutivo destes fenómenos, em 1755: um sismo de 8,7 graus de magnitude, seguido de um tsunami, matou dez mil pessoas em Lisboa.
Apenas a Turquia e a França estão prontas para avançar, em 2012, com alertas de um tsunami à população. Em Portugal, o sistema de alerta debate-se com a falta de uma decisão política, segundo têm lamentado os coordenadores do projecto no país, Maria Ana Baptista, do Instituto Dom Luiz da Universidade de Lisboa, e Fernando Carrilho, do IM.